Padre Marcos e sua história

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2 comentários:

Anônimo disse...

A demolição da casa velha do Padre Marcos

Do Jornal “O Dia” Em: 11/11/93
Artigo de: Antônio Reinaldo Soares, Geólogo da CPRM.
O Padre Marcos de Araújo Costa de reconhecidas e respeitadas virtudes, reverenciado por todos, é página dignificante da história do Piauí. Enaltecido pelos que conhecem sua trajetória, foi citado, inclusive, pelo sábio cientista inglês George Gardner, em seu livro “Viagens ao Brasil”. Gardner foi seu hóspede por um curto período de tempo, convivendo sob o mesmo teto, com aquele grêmio alegre de jovens que viviam sob as expensas do eminente padre que em sua magnanimidade não buscava a aura da glória coeva. Marcos de Araújo Costa, era filho do Sargento Mor, português Marcos Francisco de Araújo Costa e de Maria Rodrigues de Santana que também eram pais dos tenentes Coronéis Inácio Francisco de Araújo Costa, Francisco Manoel de Araújo Costa, de Antônia Rodrigues Santana, Josefa Maria da Purificação, Maria Rodrigues de Santana. Primo e conselheiro de Manoel de Sousa Martins – Visconde da Paraíba – que proclamou a adesão do Piauí às Cortes do Brasil e governou por muitos anos a nossa província. Toda a sua genealogia foi detalhadamente publicada no livro “Família Coelho Rodrigues” do General Albimael Clementino Ferreira de Carvalho. Marcos se fez padre secular, rematando sua educação nos seminários de Olinda e Coimbra Portugal, onde poderia continuar a viver próximo da civilização e da perspectiva de ascensão na hierarquia clerical. Com todos estes horizontes tentadores, materialmente glorificantes, ele fez a sua opção pelos sertões de onde saíra. Volta e funda a fazendo Boa Esperança. Presbítero austero, não deixou descendência, o que herda dos pais, conserva, revertendo o lucro em custeio para a educação daquelas crianças e adolescentes, que tiveram a sorte de nascer por aquelas terras. A sucessivas gerações, ele semeou a educação sem nada pedir em troco, fez pela simples satisfação de fazer o bem aquele povo, aos seus semelhantes.

Anônimo disse...

O desejo de conhecer o local onde o benemérito Padre Marcos viveu, sempre se fez presente em mim e, realizei este sonho em 1991 quando tive a oportunidade de, inclusive, conhecer também sua região, o Riacho do Padre e seus caminhos, tantas vezes por ela trilhados. Lá estava a velha casa de adobe, o mesmo teto que abrigava aquele benfeitor da humanidade durante a melhor parte de sua vida e servira de refúgio a tantos estudantes, visitantes e viajantes, resistindo bravamente às intepéries do tempo. Imponente e magestosa, nos limites de sua simplicidade, como um Panteão sertanejo a contemplar aquele tão sofrido e esquecido pedaço de Brasil. Em 1993, a CPRM me concedeu a oportunidade de voltar as terras da fazenda Boa Esperança e, levado pela saudade daquele secular e imaculado templo, revê-lo, foi a minha lembrança primeira. Logo ao chegar aqueles domínios imediatamente procurei a velha morada. Ao ver o que havia sido feito daquele monumento, senti de início indignação e revolta, depois, saudade e vergonha incontida. Haviam posto abaixo aquele quase bicentenária casa, ela que fora até pouco tempo respeitado, sucumbiu à insanidade de poucos, afrontando e destruindo um patrimônio da história do Piauí. Ela foi traída pelos seus. No Local, apenas uma porção de tijolos jogados a esmo, e ainda duas paredes deixadas para o próximo inverno destruir. Senti pena das gerações futuras, amantes de nosso passado que não terão a oportunidade e o privilégio de estudar a habitação do venerado Padre Marcos. Meu Deus, com tanta terra sobrando e foram se preocupa com apenas um quase 15 x 30 metros. Quanta falta de respeito com a nossa história, tão pobre de monumentos. Onde está a nossa coerência? O que restará de nossas memórias? Aquele que faz a Rede Globo deslocar até ali, um dos seus mais credenciados repórteres, para que fosse registrar as imagens daquela heróica fortaleza que desafiara o século, que a chuva e vento não conseguiram pô-la ao chão, não resistiu às picaretas insensatas que falaram mais alto reduzindo a pó, a testemunha da presença viva do que foi a nossa primeira escola, na Província de São José do Piauhy.

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